top of page

Transtorno de Ansiedade Generalizada:
quando a preocupação não desliga

O Transtorno de Ansiedade Generalizada — conhecido como TAG — é um quadro marcado por preocupações excessivas, persistentes e difíceis de controlar. No DSM-5-TR, ele é definido como uma ansiedade que dura pelo menos seis meses e vem acompanhada de sintomas físicos e emocionais que atrapalham o funcionamento diário.

Como a ansiedade do TAG se manifesta

​

A preocupação é o centro do quadro. A pessoa passa o dia pensando no “e se?”, mesmo quando não há motivo concreto.
Segundo o DSM-5-TR, os sintomas mais comuns incluem:

  • Preocupação constante e desproporcional

  • Sensação de estar “à flor da pele”

  • Dificuldade para relaxar

  • Tensão muscular

  • Irritabilidade

  • Fadiga fácil

  • Alterações do sono (dificuldade para iniciar ou manter o sono)

  • Mente acelerada, dificuldade de concentração

É uma ansiedade que não vem em crises pontuais — ela se arrasta e gera desgaste progressivo.

​

Por que isso acontece?

​

O TAG é multifatorial. Costuma surgir por uma combinação de:

  • Fatores biológicos: predisposição genética, alterações em sistemas de estresse

  • Traços de personalidade: pessoas mais controladoras, perfeccionistas ou vigilantes têm maior risco

  • Histórias de vida: sobrecarga prolongada, ambiente estressante, experiências adversas

  • Questões familiares: modelos parentais ansiosos ou muito críticos

  • Condições clínicas associadas: dor crônica, doenças metabólicas, entre outras

Não é frescura e não é algo que a pessoa “decide” sentir, o corpo está hiperativado o tempo todo.

​

Como é feito o diagnóstico

​

O diagnóstico é clínico, feito por médico, considerando:

  • duração dos sintomas

  • intensidade e frequência da preocupação

  • impacto na rotina

  • presença de sintomas físicos

  • exclusão de outras causas médicas ou efeitos de substâncias

O diagnóstico ajuda a organizar o quadro e direcionar o tratamento certo.

​

Tratamento

​

O TAG tem tratamento e a melhora costuma ser consistente. Normalmente envolve:

  • Psicoterapia — principalmente TCC, que trabalha pensamentos catastróficos e estratégias de regulação

  • Medicação ansiolítica/antidepressiva

  • Treino de manejo do estresse, respiração, higiene do sono

  • Ajustes práticos no dia a dia, como rotina mais previsível, limites e pausas

  • Acompanhamento contínuo, especialmente em fases mais tensas

O objetivo é reduzir a ansiedade basal, tirar a mente do modo “alerta total” e devolver estabilidade.

​

Quando procurar ajuda

Se a ansiedade virou um ruído constante, se você vive no modo antecipação de desastre, tem dificuldade de relaxar ou sente o corpo sempre tenso, é hora de buscar acompanhamento.

bottom of page